Bolsonaro provoca crise em seu novo partido

SÃO PAULO — “Quem vier para não estribar o Bolsonaro, é preferível que não venha”. A frase do deputado federalista Luciano Bivar, presidente do PSL, que deve homiziar, a partir de março, o presidenciável Jair Bolsonaro, hoje no PSC, engana. Na verdade, mais gente pediu para transpor do que para entrar no partido. No último dia 5, em seguida o proclamação da filiação, o Livres, manante de viés liberal da legenda, anunciou uma saída em conjunto de filiados, acusando o pré-candidato de ser um “falso liberal”. Dentro da própria família Bivar, a decisão causou um racha: Sérgio, um dos fundadores do Livres, optou pelo grupo dissidente ao invés do projeto liderado pelo próprio pai. Por término, a movimentação de Bolsonaro também cancelou a estratégia do PSL de lucrar seis deputados federais. A negociação, intermediada pelo Livres, foi cancelada. Bivar, no entanto, minimiza o “efeito Bolsonaro” no partido:

— O Livres é um movimento criado por mim. Saíram meia dúzia de rapazes que cabem numa Kombi. Nós precisávamos de alguém que carregasse nossas bandeiras — disse, em tom de galhofa, usual nos discursos do mais novo coligado.

Presidente interino do Livres, Paulo Gontijo discorda. Segundo ele, o grupo chegou a assumir 12 diretórios estaduais e iniciou os processos de expulsão do deputado federalista Alfredo Kaefer, do Paraná, que se absteve na votação da cassação de Eduardo Cunha, e do deputado estadual carioca Márcio Canella, que votou pela soltura de Jorge Picciani.

A relação entre o PSL e o Livres começou em dezembro de 2015. Apresentados ao PSL por Sérgio Bivar, os integrantes do movimento decidiu usar o partido porquê uma espécie de incubadora, com o objetivo de produzir o “primeiro partido liberal orgânico”, segundo seus militantes. Em troca de ceder o partido, o patriarca da família Bivar permaneceu na presidência, alegando que não gostaria de perder o que chamava de “botão de reset”.

O botão foi acionado com a chegada de Bolsonaro. Depois o proclamação da chegada do pré-candidato ao partido, o grupo alegou incompatibilidade ideológica. Os deputados que entrariam no partido também deixaram o projeto de lado.

— Foi uma engano. O PSL optou por um caminho pragmático. O nosso (caminho) era melhorar a qualidade do Legislativo — diz Evair de Melo (PV-ES), um dos deputados que negociavam a ida ao PSL.

Os deputados fazem secção do grupo divulgado porquê “cabeças-pretas”, porquê Daniel Coelho (PSDB-PE) e Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), rebento do senador Cássio Cunha Lima. Os dois estudavam transmigrar para o PSL, fala que implodiu com o proclamação da filiação de Bolsonaro.

Um mês antes do proclamação da chegada do ex-capitão do Tropa, Bivar e o grupo publicaram uma nota negando a possibilidade da filiação. Dentro do campo da direita, o Livres antagoniza com os fãs do presidenciável. Nas redes sociais, simpatizantes de ambos os lados trocaram acusações.

— Nossa incompatibilidade vem pela forma porquê ele faz política, com autoritarismo — afirma Gontijo.

Segundo lideranças do grupo ouvidas pelo GLOBO, Bivar justificou ao Livres que aceitou receber Bolsonaro por temor de perder espaço em Pernambuco. Eleito porquê suplente, Bivar ocupa uma vaga na Congresso desde julho de 2017, graças à nomeação do deputado Kaio Maniçoba para a Secretaria de Habitação. Um dos deputados federais interessados em transmigrar para o PSL, Daniel Coelho é opositor do grupo que atualmente governa o estado. A cláusula de barreira também foi apontada porquê um motivo que pode ter motivado Bivar.

Bivar, no entanto, apresenta outra razão para filiar Bolsonaro. Diz que ele será um “arauto do liberalismo” para o partido:

— O pensamento dele é o mesmo que o meu — sustenta o presidente do PSL.

 

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